«Nenhum filho está preparado para saber que a mãe tem cancro», foram as palavras de Isabel Duarte que descobriu ter cancro de mama.
Ao site Crescer, ela começou por afirmar: «Recebi um presente envenenado, como eu costumo dizer…Fui com a minha filha ao médico, porque tinha um caroço que andava a incomodá-la. Felizmente não era nada. Eu aproveitei também para marcar uma mamografia, por rotina».
No dia seguinte ao seu aniversário foi quando fez o exame: «Fui fazer o exame sozinha… e depois de saber chorei imenso nesse dia e nos seguintes, sempre sozinha, porque não queria que a minha família me visse em baixo», relembra.
Hoje, afirma que «Encaro a doença de frente. Gosto de celebrar a vida e sei que vou continuar a fazê-lo. Isto é uma luta e a vencedora vou ser eu!»
Para ela «não há forma de contar uma coisa destas aos filhos…Andei quatro dias a tentar encontrar uma forma para lhes contar. Quando lhes contei, vi o mundo desabar nos olhos deles. Foi um choque, choraram como nunca os vi chorar…Quanto mais velhos são os filhos, mais difícil é receberem uma notícia destas. A palavra cancro ainda é como uma sentença de morte. E se não lhes contarmos e falarmos do assunto abertamente, acabam por saber por outras pessoas. Por isso tinha mesmo de lhes contar o quanto antes…»
Quem precisou de mais apoio foi o filho mais velho. «O Tiago foi o que precisou de mais ajuda para lidar com a situação. Como já não vive comigo, passava a vida angustiado, ansioso e preocupado. O avô morreu com cancro do pâncreas e marcou-o muito…»
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Atualmente a doença de Isabel está estável e sob vigilância e Isabel refere que: «Esta é uma fase da vida que um dia vamos recordar… Se isto nos aconteceu, temos de ultrapassar! Temos de passar pelo processo para tentar lutar contra a doença. A outra opção é desistir e deprimir, mas isso não abranda as dores nem a doença”.
«É viver um dia de cada vez…O apoio do marido, dos filhos, amigos e família é fundamental! É a nossa grande salvação… Amor e carinho fazem parte do processo de recuperação.»