Um restaurante em Lisboa está a ser acusado de roubar à grande e à francesa. Um almoço de marisco pode chegar perto dos 300 euros.
Os clientes reclamam que preços não são apresentados e depois são cobradas contas exorbitantes.
Falamos do “Portugal no Prato” ou “Made in Correeiros”. O restaurante lisboeta que tanta polémica tem gerado nos últimos tempos é conhecido pelos dois nomes.
Os clientes revelam que os pratos são mesmo sugeridos pelos funcionários, muitas vezes sem mostrarem os preços.
“Abordam na rua oferecendo comida a um preço razoável (entre 8 e 15 euros), loco colocam milhões de extras e oferecem pratos para comer entre amigos a preços absurdos (140 euros). Tive que negociar durante 15 minutos com o garçom para poder saber o preço real de tudo”, revelou um consumidor.
Outro consumidor escreveu:
“Muito cuidado, eles agora usam outro nome ” Made in Correeiros “. Nome diferente o mesmo esquema, apresentam uma carta com preços com uma média de 15 euros e depois sugerem pratos que não estão na carta. No final este esquema pode render 250 euros por uma refeição vulgar. A evitar. Onde andam as autoridades deste país?”, lê-se.
Muitos dos clientes que se sentem enganados são turistas em Lisboa.
A Deco (Associação de Defesa do Consumidor), confirmou ao DN que existem várias queixas relativas ao caso em questão, mas que remontam maioritariamente ao primeiro semestre de 2016.
“A DECO recebeu algumas denúncias e práticas relatadas pelos consumidores no primeiro semestre de 2016 e apresentámos queixa à ASAE em maio.
As queixas que recebemos, nas quais se incluem algumas de turistas, relatavam práticas como, por exemplo, funcionários a angariar clientes nas ruas e a informar um preço médio para as refeições.
Depois era apresentado um valor muito mais alto do que o que era suposto e as queixas têm a ver com o facto de os clientes terem recebido informações erradas (…) “Sabemos que foi aberto processo, mas não temos conhecimento em que estado está”, explicou ainda, referindo que o facto de o tema ter surgido agora e, falando novamente nas avaliações que aparecem em sites e redes sociais, é provável que a prática continue.”, disse.