Lembras-te de Renato Seabra? Vê como está após assassinar Carlos Castro. Na altura com 21 anos, ele confessou o crime e foi julgado nos Estados Unidos da América.

A defesa alegou perturbações psicológicas, mas a justiça condenou-a a uma pena de 25 anos. Passados 10 anos, a vida do ex-modelo transformou-se num verdadeiro pesadelo.

Está a cumprir a pena numa prisão de alta segurança em Dannemora até 2036 e depois poderá ou não, ter direito a liberdade condicional. A família acredita que ele regresse a Portugal, mas vai haver uma reavaliação da pena e ele poderá poderá ficar o resto da sua vida na prisão.

No entanto, informações anteriores divulgadas por Hernâni Carvalho revelam que Renato Seabra está envolvido na confecção de roupas e também presta assistência nas cerimônias religiosas.

O ex-modelo também compartilhou detalhes sobre sua vida na prisão numa entrevista concedida há uma década, em 2013, à jornalista Marta Dhanis.

“Às vezes, aqui, eu desabo emocionalmente. Choro, começo a refletir sobre a sentença que tenho de cumprir, o sofrimento que minha família enfrenta, os sonhos que tinha e que agora parecem tão difíceis de acreditar… Enfim, são tantas coisas. Eu tento me manter ocupado lendo, trabalhando e assistindo televisão. No entanto, há dias em que me sinto tão deprimido que nem tenho vontade de fazer nada.”.

“Nesta idade que as pessoas fazem planos para a vida, eu somente posso rezar e pedir a Deus para fazer um milagre e reduzir a minha sentença. Se Deus quiser, vai acontecer algo de bom. Tem de se ter fé. Por aqui, há dias muito difíceis. Nesses dias, rezo muito. Peço ajuda a Deus, releio cartas da minha família e amigos. Sabes.. tenho uma grande mãe que me apoia muito (…) Tenho algumas pessoas com quem falo, mas passo mais tempo sozinho”, disse Seabra que continua a contar os dias para deixar a prisão, após os acontecimentos chocantes de 2011.

Na prisão onde está Seabra, as temperaturas facilmente tingem os graus negativos no Inverno e os reclusos queixam-se que o frio faz doer os ossos, disse um familiar de um prisioneiro revelou à revista TV Mais.

Aquela é a prisão punitiva no verdadeiro sentido da palavra. Não lhes basta estarem presos e ainda sofrem horrores enquanto pagam pelos crimes que cometeram. É muito injusto”, disse.

Com a pandemia, a situação ficou ainda pior pelo facto dos reclusos estiveram grande parte do ano privados de receber visitas.  Contam-se pelos dedos das mãos o número de vezes que a prisão autorizou os presos a estarem com os seus. Nem no Dia de Ação de Graças, nem nada, revelou.

Sónia Antão, amiga de Carlos Castro, disse também à mesma revista que: “O Carlos Castro era como se fosse da minha família. Parece que não passaram dez anos, que foi anteontem. A dor é eterna e incalculável. Passe o tempo que passar… Tenho um dossiê com tudo o que se escreveu que, até hoje, nunca consegui ler. Só quis saber a verdade pela boca de duas das irmãs do Carlos Castro, a Alice e a Fernanda, de quem continuo amiga. Ele era um protetor, sempre foi. Até hoje faz-me muita falta”, disse