Da pobreza ao estrelado, sempre existiu uma amizade inabalável entre CR7 e Quaresma. Ao amigo Quaresma, CR7 trata por “meu puto lelito”. Em comum, têm o percurso feito no Sporting Clube de Portugal, onde se fizeram jogadores de calibre mundial.
Conheceram-se em Alvalade e sempre foram amigos. A amizade fortificou-se no início da adolescência quando alinharam juntos pela equipa B.
Quaresma morava com a mãe e o irmão. O pai saiu de casa quando o jogador tinha somente quatro anos.
Quando começou a treinar no Sporting, ia de autocarro para Alvalade. Cresceu na rua o que, na opinião de Aurélio Pereira – responsável pelo Departamento de Recrutamento para a Formação, dos leões. – foi determinante para o seu sucesso, bem como para o êxito de Cristiano Ronaldo.
Só que, ao final do dia, Ricardo voltava para casa, ao invés, Ronaldo, quando chegou, com 11 anos – Quaresma tinha dez e três de Sporting –, chorava com saudades da mãe, Dolores Aveiro, que insistia para que ele ficasse no continente, pois só uma carreira, no mundo do futebol, poderia resgatá-lo à pobreza.
Certo é que tanto Ricardo Quaresma, quanto Cristiano Ronaldo, sempre tiveram a presença e o amor das mães, ainda que a do madeirense não o pudesse acompanhar todos os dias. “Tanto um como outro são homens com grandes valores e que amam as suas mães. Garanto-lhe que, tanto um como o outro, dariam a vida por elas”, afirma Aurélio Pereira, que os conhece como se fossem seus próprios filhos.
A amizade entre Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma evoluiu desde a infância, quando se cruzavam em Alvalade – “apesar de nunca terem jogado nas mesmas equipas”, como refere Aurélio Pereira – e cimentou-se na adolescência, quando ambos os extremos começaram a alinhar pela Equipa B do Sporting. Deram nas vistas e Aurélio Pereira gostaria que Quaresma tivesse rumado a Manchester com Ronaldo, o que não aconteceu.
Em comum, Ronaldo e Quaresma têm ainda o talento, o espírito de equipa e corações sem tamanho.