Esta é uma decisão histórica, a Nigéria proibiu a mutilação genital feminina. Há quem defenda a manutenção desta tradição mas grande parte das mulheres e pessoas acreditam na importância de cessar práticas machistas.
Verdade é que o presidente Goodluck Jonathan aprovou criminalização da mutilação genital feminina na Nigéria e a lei federal representa uma mudança de postura do país da África Ocidental.
A medida prevê também punição aos homens que abandonarem as suas mulheres e filhos e contribuir para a diminuição deste hábito mutilatório.
A mutilação feminina atingiu 25% das mulheres nigerianas entre 15 e 49 anos.
Cercada por um debate que envolve tradição, mas também direito ao próprio corpo, a proibição da mutilação feminina traduz uma mudança oriunda do desenvolvimento social. Não se trata de um fim aos costumes tradicionais, mas de uma adequação aos tempos modernos.
“É crucial que continuemos com os esforços de mudanças de visões culturais que permitem a violência contra a mulher. Só assim esta prática agressiva terá um fim”, declarou ao The Guardian Stella Mukasa, diretora do núcleo de Gênero, Violência e Direitos do Centro de Pesquisas da mulher.