A irmã de mulher apanhada com droga na Tailândia afirmou: “Pagar com a vida é muito forte”. Ela foi apanhada no aeroporto de Bangkok, na Tailândia com 15,5 quilos de cocaína. A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo da quantidade e das circunstâncias.
A mulher é de nacionalidade brasileira e a irmã disse à imprensa que “No domingo passado ela fez contato comigo. Ela me mandou um áudio desesperada falando que tinha sido presa na Tailândia. Pediu para eu ajudar ela de alguma forma, entrar em contato com a embaixada brasileira. Só que eu não tinha noção da dimensão daquilo, não sabia da gravidade. Pra mim, ela estava a viajar para Curitiba atrás de algum namorado, estas coisas que os jovens fazem”, disse.
A mãe dela, que luta contra um cancro, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa no país asiático.
“A gente não sabia [do envolvimento dela com o crime]. Ela trabalhava numa churrasqueria da cidade. Ela tinha o serviço dela, tudo certinho. A gente não sabe o que levou ela a fazer isso. A gente ficou em estado de choque, estamos desesperados.”
Desde que a prisão de Mary Helen aconteceu, Mariana e o resto da família estão sem informações sobre a brasileira.
“A gente quer uma notícia dela, saber como ela está a ser tratada lá. Acho que a família tinha direito de pelo menos saber como ela está. Imagina a gente aqui, uma semana, sem saber o que aconteceu. A gente não sabe nada. Esse crime gravíssimo… E, ás vezes, ela não tinha nem consciência do que estava a acontecer. Eu acho que ela não sabia de nada disso, pra mim ela foi enganada, induzida”, afirmou.
Diante da falta de notícias da irmã e do medo de uma possível condenação na Tailândia, a família e os amigos estão a mobilizar as redes sociais pedindo para que ela seja trazida para o Brasil. Eles querem que ela seja julgada pela justiça brasileira.
“Queremos uma ajuda, não é possível que não tem nada o que ser feito. Eu mandei um e-mail para o Itamaraty (responsável por estabelecer e manter relações diplomáticas com Estados e organismos internacionais). Eles me disseram que tem ciência que a minha irmã estava presa em Bangkok, mas que eles não poderiam contratar um advogado. Eu não sei na verdade como eles podem ajudar. Acho que ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Pagar com a vida é muito forte. Uma menina de 22 anos é muito jovem”, afirmou.
A família conta com a ajuda de advogados do município, mas estão à procura de brasileiros que possam ajudar direto da Tailândia.