“Sinto que um fulano como Mamadou Ba é um traidor da minha Pátria”, afirmou Suzana Garcia esta semana numa Entrevista à Revista SÁBADO.
Eu acho que o problema das pessoas é não viajarem o suficiente. Em 2004 fiz uma viagem para África sozinha, sul a norte, 43 dias, você se diz que é português em países que foram colonizados por outros você vai ser sempre mais bem tratado que os outros colonizadores. Se você for ao Irão, à Índia, a Goa, se for para Timor, vai ser mais bem tratado.
Esse é o legado cultural…
… o meu legado cultural, o legado cultural do meu pai, que é a génese daquilo que eu sou. A minha avó é preta, a minha mãe é mulata. Sabe que Portugal é um dos únicos países colonizadores que outorga a nacionalidade com a facilidade com que nós damos? Sabe porquê? Porque acreditamos nisso. Basta que uma mulher durma com um português para poder ter, e dever, ter a tutela da Pátria. Sinto que um fulano como Mamadou Ba é um traidor da minha Pátria e do meu legado cultural.
Quando ele diz que o povo português é racista é um traidor. Porque o povo português não é racista. Temos pessoas racistas em Portugal como temos no resto do mundo. Ele podia fazer esse ataque no país dele, onde ele podia ter utilidade.
No Senegal há imensos problemas, ele que vá lá tratar deles, conspurcar o legado cultural deles, e não o meu, o da minha Pátria, o do meu pai. Esse é o motivo porque quando ele está à minha frente tremem-me as mãos. Porque sabe que o que está a fazer é um oportunismo, quer ganhar dinheiro conspurcando o legado cultural do meu País.”