A legalização da canábis para uso pessoal foi discutida no parlamento por iniciativa do Bloco de Esquerda.
O diploma acabou por baixar à comissão depois de várias bancadas terem pedido o aprofundamento do debate.
Ô deputado Fabian Figueiredo referiu que: “Há 20 anos, o Parlamento teve a sensatez de aprovar medidas corajosas e inovadoras para enfrentar a toxicodependência, descriminalizando o consumo de drogas. Deixou de reprimir, porque era preciso tratar. Respondeu a um problema de saúde pública, em vez de o tentar esconder na prisão”, elogiou o bloquista. Depois, atirou-se à direita (que em 2019 chumbou a proposta do BE) para lembrar as declarações de Paulo Portas ao jornal britânico The Times quando traçou a profecia de um país de “sol, praia e droga”.
“Um outro deputado, então líder da oposição, Durão Barroso, chegou mesmo a exigir um referendo sobre a nova lei”, disse. Ambos ouviram “primeiros elogios internacionais pela rápida progressão no combate à toxicodependência e observar vários outros Estados a implementar políticas públicas inspiradas na nossa abordagem humanista”.
Para o bloquista a legalização de cannabis corresponde ao combate do mercado ilegal e à criminalidade organizada. “O dinheiro que a ilicitude e a desregulação canalizaram, durante demasiado tempo, para a economia paralela deve dar lugar a uma actividade legal, controlada e alvo de um imposto especial que financie o desenvolvimento de políticas de prevenção, redução de risco, tratamento de dependências e investido no Serviço Nacional de Saúde”