Após pedido de desculpas, José Alberto Carvalho continua a receber críticas. O apresentador do ‘Jornal Nacional’, da TVI, admitiu o erro que cometeu na conversa com Miguel Sousa Tavares.

O motivo da polémica foi a eleição de Marina Machete, a primeira mulher transgénero a ser Miss Portugal.

O comentador Sousa Tavares manifestou-se contra a eleição e fez comentários ofensivos sobre a identidade de género de Marina. E José Alberto Carvalho concordou com ele, recebendo muitas críticas por isso. O jornalista pediu desculpa agora, ao ler um texto preparado, mas a sua atitude não convenceu muita gente.

“Um gesto impensado que tive na quinta-feira passada, na última vez que estive neste estúdio, prejudicou, para algumas pessoas essa relação [de confiança] de uma forma que não quis, que não apoio e que não reflete o que sou, por uma questão importante: estava em causa uma pessoa, chama-se Marina Machete, a vencedora do concurso Miss Portugal.

Lamento e peço desculpa se alguma atitude minha, ainda que não intencional, possa ter contribuído para isso em relação a ela, à sua família e aos seus amigos. Não o sinto e não o quero. Todas as pessoas devem buscar a sua felicidade, isso é verdade para a Marina Machete, como é verdade para qualquer um”, leu José Alberto Carvalho. “Viva a liberdade de todos e de cada um”, disse ainda o jornalista, que tem sido muito contestado e pressionado pela forma como tratou o assunto.

Ficámos então a saber que o José Alberto Carvalho foi repreendido e que teve de vir pedir desculpas, ou seja, mostraram-lhe e aplicaram-lhe a punição de “Liberdade limitada e imposta”. Assim, conservou o emprego.

No entanto, as criticas continuam: “Ainda bem que há “liberdade” imagina se não houvesse”, “Eu também não me casaria com um trans. Mas, ao contrário do covarde José Alberto Carvalho, não vou pedir desculpa por isso”, “Esta declaração é inédita, certo, e ainda bem que o José Alberto Carvalho a fez, mas para mim é um pedido de desculpas muito fraco. Além disso, acho graça: ‘Peço desculpa, na próxima 5.ª feira estará aqui o Miguel Sousa Tavares, viva a liberdade!’”, “José Alberto Carvalho, gosta, como todos nós, de ter um trabalho que lhe permita por a comida na mesa em casa. Teve de se desculpar, por ter usado da sua liberdade de expressão. O mesmo será dizer, que não a tem”, lê-se.

E mais: “Quanto ao pedido de desculpas de José Alberto Carvalho, acho que tenho mesmo mau feitio. Não gosto que pedidos de desculpas surjam baseados em “se ofendi alguém”. Uma pessoa foi objetificada em horário nobre como se de um pedaço de carne se tratasse”, “José Alberto Carvalho a ser José Alberto Carvalho” ou “Que triste figura fez o José Alberto Carvalho, o que esteve em causa foi se os Trans devem ou não concorrer em concursos ou outras atividades como no desporto com mulheres, nunca foi um ataque aos Trans”, são algumas das muitas críticas ao pivô do Jornal Nacional.