Grávida com feto sem vida enfrenta dificuldade para encontrar vaga em hospital em Loures.Tânia Pinto, uma mulher de 32 anos, está a passar por um momento de grande sofrimento, pois o Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures, ainda não retirou o feto sem vida da sua filha que estava grávida de oito meses.
Na terça-feira, numa consulta normal neste hospital, Tânia recebeu a trágica notícia de que a sua bebé de oito meses já não tinha batimentos cardíacos.
O marido contou ao Correio da Manhã o drama que vive com a esposa. A bebé que esperavam morreu no útero e a mulher teve de tomar remédios para provocar o parto, marcado para ontem.
Mas quando chegaram ao Hospitalde Loures, foram informados de que não havia lugar e que teriam de esperar por outros casos mais urgentes. Mandaram-na para casa com uma nota para voltar hoje.
A família está angustiada por não poder se despedir da filha e encerrar este capítulo doloroso. O marido da gestante diz que ela não recebeu nenhum apoio psicológico do hospital: “Ela não come, não fala… está muito abalada e sente muitas dores”, relata ao jornal.
No dia em que souberam da morte da bebé, o Hospitalteria oferecido que a mulher ficasse lá: “num quarto com outras gestantes ou mães com os seus bebés”, o que ela recusou, preferindo ir para casa.