Gato e dono expulsos de comboio por miados do animal. Filipa, uma protetora de animais e amiga do projeto Gato Francisco, sediado em Braga, passou por uma experiência revoltante.
Ela estava voltando para casa com um gatinho bebé de Braga para Vila Franca de Xira, mas acabou por ser deixada em num apeadeiro porque o animal estava assustado e não parava de miar.
O Gato Francisco é um projeto fundado em 2015 por ex-alunos da Universidade do Minho, com Cláudia Sousa à frente. Ele dedica-se ao resgate de gatos abandonados no concelho de Braga, fornecendo-lhes cuidados veterinários e encaminhando-os para lares temporários ou adoções permanentes.
Filipa é amiga dos voluntários do projeto e costuma ser uma família temporária para gatos abandonados na região onde vive, próxima a Lisboa. Recentemente, ela acolheu uma gata mãe e os seus filhotes, divulgando-os nas redes sociais com a ajuda do Gato Francisco.
Quando surgiram interessados em adotar dois dos filhotes em Braga, Filipa levou-os até lá para serem entregues às suas novas famílias. No entanto, uma das pessoas não atendeu mais o telefone. Segundo Cláudia Sousa, essa pessoa desistiu da adoção. Diante disso, Filipa decidiu levar o gatinho, a quem deu o nome de Benny, de volta para casa. No entanto, a viagem se tornou um pesadelo.
Segundo a publicação feita pelos voluntários do projeto, foram os miados de Benny que levaram a impaciência do revisor, que não levou em consideração o fato de o animal estar extremamente assustado. Eles foram expulsos do comboio da CP.
A única solução para Filipa, sozinha com o gato no apeadeiro e ainda distante de casa, foi pegar um táxi de volta para Braga, o que se tornou bastante dispendioso. Benny relata na publicação que tanto Filipa quanto ele choraram durante a viagem de táxi.
O incidente provocou reações de revolta por parte dos seguidores do projeto Gato Francisco, que criticaram a falta de sensibilidade da situação.