PS, PSD, PCP, CDS-PP e Chega estão contra a proibição de qualquer financiamento, direto ou indireto, a espetáculos e atividades tauromáquicas.
Os diplomas defendem que os espetáculos tauromáquicos e todas as atividades ligadas à tauromaquia devem ficar isentas de financiamento, sendo o sofrimento animal e a controvérsia na sociedade portuguesa relativamente aos espetáculos tauromáquicos, os principais argumentos evocados pelos signatários dos projetos-lei.
No entanto, durante a discussão dos diplomas, os restantes partidos, à exceção do Iniciativa Liberal que defendeu uma neutralidade do Estado nos apoios públicos, manifestaram-se contra o fim do financiamento público, alegando que “a tauromaquia é cultura” e que, por isso, “não pode ser discriminada” relativamente às restantes expressões culturais.
Para a deputada social-democrata Fernanda Velez, não é verdade que a tauromaquia esteja a ser apoiada pelo Estado, nem que o número de espetadores de espetáculos tauromáquicos esteja a diminuir e que a maioria dos portugueses seja contra as touradas.
A deputada Alma Rivera do PCP, afirmou que as tradições culturais, como a tauromaquia, “não se extinguem por decreto e rejeitou “qualquer tipo de proibicionismo”.
André Ventura (Chega) é da opinião que “a tauromaquia é cultura” e apontou para os “milhares de postos de trabalho” que estão na sua dependência.
Para Telmo Correia (CDS-PP), a tauromaquia “está profundamente enraizada no mundo rural” e considerou que os argumentos para acabar com ela são “populistas, demagógicos e inconstitucionais”.
Maria da Luz Rosinha (PS) afirma que “o acesso às artes deve ser igual para todos os cidadãos”, discordando que tauromaquia esteja a ser beneficiada.