Automóveis usados até três anos podem ter valor idêntico quando novos.
Rodrigo Ferreira da Silva, presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) afirma que: “A falta de viaturas novas é generalizada e atinge todas as gamas e marcas”.
E continua: “Como não há veículos novos, quem precisa compra a qualquer preço. Um carro com três anos, ou até 20 mil quilómetros, custa o mesmo que um novo, pois as pessoas não querem esperar meses”, revela.
Rodrigo Ferreira da Silva acrescenta que “Os fabricantes estão a seguir estratégias legítimas de racionalização: se tiver que escolher onde vai aplicar os poucos semicondutores que tem, vai optar pelos veículos que lhe dão mais margem e, também, devido às rigorosas metas nas emissões de CO2, nos modelos menos poluentes”.
“Nunca mais vamos ter uma situação idêntica à que se viveu até 2019. O paradigma mudou. Até então os concessionários tinham stock de carros e havia sempre uma solução para o comprador. A partir de agora, o cliente compra o veículo e espera que seja construído”, frisa Rodrigo Ferreira da Silva.