Alexandra Lencastre expressou o seu desagrado em relação ao processo de envelhecimento: “Acho uma chatice”. A actriz abriu o coração a Manuel Luís Goucha, no programa da TVI, e confessou que não se sente confortável com o envelhecimento.

A atriz de 57 anos, que voltou a trabalhar no canal, revelou que não aceita bem as mudanças que o tempo traz: “Há dias em que consigo ser mais racional. Hoje estou muito emotiva e, por isso, vou dizer o que sinto sem medo. Acho um aborrecimento envelhecer”.

“Não me conformo com as transformações… e que tudo descaia! Se reparares, não há nada que suba”, acrescentou Alexandra Lencastre.

“Por acaso, tive muita sorte. Sempre fui baixinha, nunca fui uma beldade, mas podia usar umas roupas, arranjada, maquilhada e ficava uma rapariga simpática. Nunca fui linda. Linda é a Grace Kelly e mais ninguém. Eu tenho um ideal de beleza feminino muito clássico. Eu sou o contrário disso tudo. Sinto-me assim muito esguia e muito águia”, afirmou Alexandra Lencastre.

“Eu era muito ativa, mas eu não valorizava o que tinha e, por exemplo, tinha um metabolismo muito acelerado e trabalhava imenso. Tinha muita capacidade de trabalho, ainda tenho, tinha energia física. As minhas filhas ficavam muito orgulhosas da mãe que tinham, muito resistente. E, de facto, tinha uma silhueta, sem precisar de fazer exercício, nem massagem, ótima e hoje, mesmo que suba escadas 119 vezes, é que nem um grama, nada”, gracejou Alexandra Lencastre.

“Aborrece-me não ter a cintura que já tive, aborrece-me ter as costas mais alargadas e, de repente, o blazer parece que não assenta tão bem. Aborrece-me ter perdido uma certa delicadeza”, relatou Alexandra Lencastre.

“Então, uma pessoa começa a sentir-se injustiçada. A minha cabeça ainda não está adaptada a este corpo. (…) Acho que não exercitei nem o corpo nem a mente para aceitar que já tenho a idade que tenho e que não sou avó ainda, mas adorava ser avó, mas as minhas filhas não estão muito inclinadas a ter bebés por enquanto”, salientou Alexandra Lencastre.